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Boston,21/11/2024

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Brasil-EUA: uma relação de 200 anos e muito futuro

Por: Fernanda Baggio


Brasil-EUA: uma relação de 200 anos e muito futuro Fernanda Baggio é presidente do LIDE Nova Iorque

Parceiros históricos, Brasil e EUA completam 200 anos de relações diplomáticas em 2024. Tão importante quanto olhar para o passado e entender a solidez dos diálogos destes dois gigantes, é enxergar as oportunidades no futuro. Estamos diante de um horizonte fértil de negócios bilaterais em variadas frentes.

Como presidente do LIDE Nova Iorque, testemunho de perto o interesse americano pelas capacidades brasileiras. No LIDE, buscamos fortalecer a livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social, assim como a defesa dos princípios éticos de governança nas esferas pública e privada. Nosso propósito é potencializar a atuação do empresariado na construção de uma sociedade ética, desenvolvida e competitiva globalmente. 

Os números falam por si. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. O comércio entre os dois países atingiu em 2023 USD 74,8 bilhões, o segundo maior valor da série histórica, abaixo apenas de 2022. Em 2023, as exportações de bens industriais do Brasil para os EUA tiveram recorde de USD 29,9 bilhões (Monitor do Comércio Brasil-EUA, Amcham). Isso significa que os EUA são o principal mercado industrial para o Brasil, com 16,9% das vendas totais, à frente da União Europeia e do Mercosul.

Mesmo com tantas notícias boas, ainda há espaço para expansão. Impulsionado pela transição verde, o Brasil está bem posicionado globalmente dada a sua matriz energética majoritariamente renovável. E não para por aí: as oportunidades se estendem a outros mercados, como o agro, a saúde e o financeiro, que se digitalizou e sofisticou os serviços prestados. As barreiras regionais foram rompidas, e o acesso facilitado a bolsas internacionais a partir de instituições brasileiras é um exemplo prático deste novo mundo.

Para que o Brasil atraia mais investimentos da maior economia do mundo, é preciso fazer a lição de casa. A disposição de bancos e investidores americanos de apoiar negócios bilaterais depende de iniciativas que promovam estabilidade, inovação, parcerias estratégicas, infraestrutura robusta e práticas sustentáveis. Reformas tributárias, controle da inflação e políticas fiscais sólidas também são pontos relevantes para nortear esta relação de 200 anos que ainda tem muito tempo pela frente!




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